Embora às vezes não sejamos capazes de perceber, a vida vem em fases. Essa divisão pode ser marcada por eventos bem claros, ou por suaves mudanças na nossa maneira de pensar ou de reagir a eventos não tão claros.
Não importa em que fase você esteja, você sempre quer alguma coisa. Às vezes nem sabe bem o que é, mas o impulso da busca é latente. E o mais curioso é é justamente nestas fases em que você não sabe qual é o seu real desejo, a vida te apresenta alguns extremos.
Para um separado, é muito comum que uma dessas fases de indecisão (e que fase!) se apresente justamente após o pé na bunda. É um momento de paradoxo, por que por um lado, você não quer perder aquela vida em casal, por outro, você está puto com tudo e com todos e quer se esbaldar na vida boêmia.
Daí a vida, essa sim uma caixinha de surpresas, coloca alguns extremos no seu caminho. Você encontra alguém perfeita para te acompanhar nas baladas, curtir e se divertir. E você encontra outro alguém perfeita para se apaixonar de novo e voltar pra vida de casal. E o que acontece? Você se esbalda com a perfeita para a balada até que mesmo se divertindo, você se sente deslocado, cansado e entediado. A perfeita para se apaixonar não te dá a menor bola e você, apavorado com a possibilidade de se apaixonar de novo, respira aliviado que não precisou seguir esse caminho.
E esse desalinho não acontece por causa delas, mas sim porque na verdade você não sabe o que quer. Esses extremos são exatamente o que a vida de apresenta para encontrar um ponto de equilíbrio em você mesmo. E a resposta chega à galope: você quer ser você mesmo independente de com quem você esteja.
É uma ficha que custa a cair, mas quando cai, você consegue exatamente o que quer. E consegue rápido, quando menos espera.
sábado, 10 de novembro de 2007
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